domingo, 11 de maio de 2014

Tenho-te, mas não te tenho


Continuas a vir. Na verdade, nunca foste, estás sempre presente. Tão presente que cada vez sinto mais a tua falta. E o teu cheiro, o teu toque, o teu beijo. Continuas a dar-me a mão ou, na opção, nunca nos largámos. É tão fácil sentir o toque suave do teu sopro quando murmuras perto da minha cara, junto da minha pele… mas tão difícil segurá-lo, mantê-lo contínuo, de maneira a que me possa habituar. Ainda tenho o sabor doce dos teus lábios na minha boca, o apertar das tuas mãos nas minhas costas contra o teu corpo, enquanto o meu coração bate com a força de dois, como se fôssemos um só. O tempo parou aí e nunca mais retomou… Ainda tenho o toque das tuas mãos, o sabor dos teus lábios e o cheiro do teu cabelo nos meus sentidos. Ainda te tenho, mesmo quando não te tenho. Ainda te sinto…